Mercado de livros apresentou crescimento em 2018
O mercado de livros teve um leve crescimento em 2018. Títulos sobre gerenciamento e negócios puxaram as vendas, com o segmento apresentando uma alta de 200% em comparação a 2017. O setor teve seu primeiro resultado positivo em 2017, após quatro anos de recessão. Mas a melhora ainda é tímida.
Talvez o resultado do semestre tivesse sido um pouco melhor, mas a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo prejudicaram as vendas de junho e julho. De acordo com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), é normal ter uma diminuição em anos de Copa, mas a greve comprometeu os números.
Mas teve notícia boa no ano para escritores brasileiros. Com a alta do dólar e a crise, editoras apostam mais em autores nacionais. É muito mais caro trazer best sellers estrangeiros. Estudos da Nielsen Bookscan Brasil apontam para o crescimento da literatura nacional com o encolhimento da estrangeira.
Crise nas livrarias
Apesar da melhora nas vendas, as grandes redes de livraria brasileiras ainda não saíram da crise. E talvez não saiam.
A Fnac fechou sua última loja física e o site em 2018. A Livraria Cultura, que controlava a rede da Fnac desde 2017, entrou com um pedido de recuperação judicial após passar dois anos atrasando o pagamento de fornecedores. A Livraria Saraiva anunciou o fechamento de 20 lojas pelo país.
A crise econômica causou um encolhimento de 40% no setor e um outro fator importante causou um grande impacto no mercado: a chegada da Amazon no Brasil, em 2012. Como as grandes livrarias brasileiras demoraram para investir em tecnologia, a gigante norte-americana se aproveitou. Com promoções e facilidade inéditas no país, conseguiu conquistar o público.
Para as livrarias nacionais, surge como última oportunidade para se reerguer a reinvenção dos seus espaços físicos e o investimento em novas tecnologias.