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Quatro projetos de jornalismo de dados para conferir

A quantidade de dados disponíveis sobre governos e instituições não para de crescer, ainda que muitos deles estejam dispersos e desorganizados. Todo esse emaranhado de números pode nos ajudar a compreender a realidade, mas o que fazer com um alto volume de informação obscura ou confusa? É aí que entra o jornalismo de dados, uma prática que vem se popularizando nas redações mundo afora.

Como afirma Marcelo Träsel, professor da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), vários fatores explicam a emergência do jornalismo guiado por dados. Além de ser visto como uma forma de alavancar o cumprimento da função social da imprensa, ele é “capaz de criar novos caminhos para a narrativa noticiosa e um possível atrativo para uma audiência composta, cada vez mais, por leitores nascidos e criados na cibercultura”, afirma o acadêmico no artigo “Jornalismo guiado por dados: Relações da cultura hacker com a cultura jornalística“.

No entanto, por melhores que sejam as intenções, a tarefa não é fácil. Para obter informações consistentes e inteligíveis, é preciso aliar ferramentas tecnológicas ao faro jornalístico, que permite encontrar histórias escondidas por trás dos números. Por isso, os jornalistas precisam se capacitar para aprender a identificar dados importantes, relacionar diferentes fontes e extrair conclusões significativas da investigação.

É possível, por exemplo, usar programação para automatizar o processo de coleta e combinação de informações do governo e de várias instituições, muitas delas disponíveis na web, ou usar um software para encontrar conexões entre milhares de documentos. Na outra ponta da reportagem, o “jornalista de dados” pode criar infográficos que ilustrem de maneira atraente e fiel os resultados da apuração, transformando a frieza dos números em uma visualização intuitiva. Os dados podem ser a fonte do jornalismo ou a forma de contar a história, ou as duas coisas. A seguir, listamos alguns projetos de jornalismo de dados que vale a pena conferir:

InfoAmazônia 

Idealizado pelo jornalista Gustavo Faleiros, do portal O Eco, o InfoAmazônia agrega dados e notícias sobre a maior floresta tropical contínua do mundo. O projeto, lançado em 2012, é sustentado por uma rede de organizações e jornalistas que colaboram com atualizações sobre os nove países da região. O resultado são mapas que mostram aspectos como áreas protegidas e territórios indígenas, desmatamento, petróleo e gás, hidrelétricas e mineração, permitindo uma melhor percepção sobre os desafios para a conservação da floresta. Para saber mais sobre jornalismo de dados e meio ambiente, confira o blog de dados de O Eco, que fez uma seleção das melhores reportagens de dados produzidas por eles em 2013.

infoamazonia

A fé dos brasileiros 

Em um projeto bem mais simples, o Estadão produziu uma série de infográficos que revelam o tamanho e a distribuição dos diferentes grupos religiosos no Brasil. O material foi construído a partir de dados do Censo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostra as transformações desde 1940. No blog Estadão Dados é possível conferir vários infográficos que ilustram dados sobre política, economia, aviação, entre outros temas.

religiao

Gay Rights by State 

Nos Estados Unidos, muitas leis variam de um estado para outro. No caso dos direitos dos homossexuais, por exemplo, há muitas diferenças, que foram ilustradas pelos jornalistas do The Guardian no infográfico interativo Gay Rights in the US, state by state (Os direitos dos gays nos EUA, estado por estado). A visualização é clara e permite observar os direitos concedidos – ou não – à população gay em relação a temas como casamento, visitação hospitalar, adoção, moradia, emprego e bullying nas escolas. Como resultado, é possível identificar tendências de acordo com a região do país.

gayrights

The art market for dummies 

Outro exemplo interessante do uso de dados e infográficos foi publicado no site francês Quoi, com o título “The art market for dummies” (O mercado da arte para leigos). Na página, o mercado das artes plásticas é comparado a outros setores culturais como a música e o cinema, um infográfico anmado mostra as 320 obras de arte mais caras vendidas em leições de 2008 a 2012 e um gráfico ilustra o desenvolvimento desse mercado em um intervalo de dez anos, entre outras curiosidades que ajudam a entender melhor o que está por trás dos quadros que você vê nos museus. A planilha com os dados usados também está disponível para download.

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A quantidade de dados disponíveis sobre governos e instituições não para de crescer, ainda que muitos deles estejam dispersos e desorganizados. Todo esse emaranhado de números pode nos ajudar a compreender a realidade, mas o que fazer com um alto volume de informação obscura ou confusa? É aí que entra o jornalismo de dados, uma prática que vem se popularizando nas redações mundo afora.

Como afirma Marcelo Träsel, professor da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), vários fatores explicam a emergência do jornalismo guiado por dados. Além de ser visto como uma forma de alavancar o cumprimento da função social da imprensa, ele é “capaz de criar novos caminhos para a narrativa noticiosa e um possível atrativo para uma audiência composta, cada vez mais, por leitores nascidos e criados na cibercultura”, afirma o acadêmico no artigo “Jornalismo guiado por dados: Relações da cultura hacker com a cultura jornalística“.

No entanto, por melhores que sejam as intenções, a tarefa não é fácil. Para obter informações consistentes e inteligíveis, é preciso aliar ferramentas tecnológicas ao faro jornalístico, que permite encontrar histórias escondidas por trás dos números. Por isso, os jornalistas precisam se capacitar para aprender a identificar dados importantes, relacionar diferentes fontes e extrair conclusões significativas da investigação.

É possível, por exemplo, usar programação para automatizar o processo de coleta e combinação de informações do governo e de várias instituições, muitas delas disponíveis na web, ou usar um software para encontrar conexões entre milhares de documentos. Na outra ponta da reportagem, o “jornalista de dados” pode criar infográficos que ilustrem de maneira atraente e fiel os resultados da apuração, transformando a frieza dos números em uma visualização intuitiva. Os dados podem ser a fonte do jornalismo ou a forma de contar a história, ou as duas coisas. A seguir, listamos alguns projetos de jornalismo de dados que vale a pena conferir:

InfoAmazônia 

Idealizado pelo jornalista Gustavo Faleiros, do portal O Eco, o InfoAmazônia agrega dados e notícias sobre a maior floresta tropical contínua do mundo. O projeto, lançado em 2012, é sustentado por uma rede de organizações e jornalistas que colaboram com atualizações sobre os nove países da região. O resultado são mapas que mostram aspectos como áreas protegidas e territórios indígenas, desmatamento, petróleo e gás, hidrelétricas e mineração, permitindo uma melhor percepção sobre os desafios para a conservação da floresta. Para saber mais sobre jornalismo de dados e meio ambiente, confira o blog de dados de O Eco, que fez uma seleção das melhores reportagens de dados produzidas por eles em 2013.

infoamazonia

A fé dos brasileiros 

Em um projeto bem mais simples, o Estadão produziu uma série de infográficos que revelam o tamanho e a distribuição dos diferentes grupos religiosos no Brasil. O material foi construído a partir de dados do Censo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostra as transformações desde 1940. No blog Estadão Dados é possível conferir vários infográficos que ilustram dados sobre política, economia, aviação, entre outros temas.

religiao

Gay Rights by State 

Nos Estados Unidos, muitas leis variam de um estado para outro. No caso dos direitos dos homossexuais, por exemplo, há muitas diferenças, que foram ilustradas pelos jornalistas do The Guardian no infográfico interativo Gay Rights in the US, state by state (Os direitos dos gays nos EUA, estado por estado). A visualização é clara e permite observar os direitos concedidos – ou não – à população gay em relação a temas como casamento, visitação hospitalar, adoção, moradia, emprego e bullying nas escolas. Como resultado, é possível identificar tendências de acordo com a região do país.

gayrights

The art market for dummies 

Outro exemplo interessante do uso de dados e infográficos foi publicado no site francês Quoi, com o título “The art market for dummies” (O mercado da arte para leigos). Na página, o mercado das artes plásticas é comparado a outros setores culturais como a música e o cinema, um infográfico anmado mostra as 320 obras de arte mais caras vendidas em leições de 2008 a 2012 e um gráfico ilustra o desenvolvimento desse mercado em um intervalo de dez anos, entre outras curiosidades que ajudam a entender melhor o que está por trás dos quadros que você vê nos museus. A planilha com os dados usados também está disponível para download.

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