Boletim de notícias do MIRIM Brasil | nº 2

Segunda-feira, 6 de maio de 2019

Olá, companheire, tudo bem?

Aqui estamos novamente na sua caixa de emails para compartilhar com você o que está rolando no MIRIM Brasil, além de trazer sugestões de leitura relacionadas aos direitos humanos, especialmente ligados à infância, juventude, educação e gênero. Esperamos que aprecie a leitura e fique à vontade tanto para mandar alguma mensagem pra gente quanto para marcar uma visita à nossa sede para batermos um papo, tomar um café e conhecer de perto nossas atividades.

Abraço forte,

Equipe MIRIM Brasil
 

Estas três meninas valorizam a educação, mas não são valorizadas pela escola pública

Hevelyn Yasmin, de 13 anos, Camilly Victoria, de 14, e Francielly Thaynanda, de 15, fazem aula de balé juntas no projeto social Pontinha de Futuro, no Alto Santa Isabel, zona norte do Recife. Elas têm muito em comum. Além do gosto pela dança, as meninas valorizam os estudos, enxergam a educação como caminho para a realização de seus sonhos, mas, infelizmente, enfrentam dificuldades na escola. As três são alunas da rede pública de ensino.

“Onde estudo tem péssimas condições. Os alunos fazem bullying. A merenda tem um tempero ruim, e o gosto da água também é ruim”, se queixa Camilly. “Os professores são bons. Na minha escola, quando chove muito, alaga. Fazemos educação física no sol porque não tem quadra. Não temos biblioteca, o que é ruim porque alguns alunos podem até se interessar em ler e estudar, mas não tem um lugar pra isso”, protesta Hevelyn. “Eu queria que minha escola fosse melhor, como uma de ensino técnico”, deseja Francielly.

Hevelyn, Camilly e Francielly querem ter uma educação pública e de qualidade, o que é direito delas. Junto com o Fundo Malala, entidade parceira que foi criada pela jovem paquistanesa ganhadora do prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai, o MIRIM tem lutado para garantir esse direito a elas e a todas as crianças e adolescentes do Brasil e do mundo. Fique por dentro do que temos feito nesse sentido, acessando nosso site e nossas redes sociais. E quer unir forças nessa luta? Então chega junto!

O QUE ESTAMOS FAZENDO

Saiba um pouco mais sobre a atuação do MIRIM Brasil na luta pelos direitos humanos.

MIRIM na Direção Executiva da Abong

O MIRIM passou a fazer parte da Direção Executiva Nacional da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais). A eleição do novo Conselho Diretor para o triênio 2019‐2022 foi realizada no fim de março, em São Paulo, durante a Assembleia Geral da associação. A presidenta do MIRIM, Sylvia Siqueira Campos, é quem representa a entidade na Abong. Saiba mais no site do MIRIM.

Abril Indígena

Como tem ocorrido todos os anos, ao longo do mês de abril, os povos indígenas de todo o país se mobilizaram para chamar a atenção para as suas reivindicações. A maior das atividades foi o Acampamento Terra Livre, que reuniu cerca de 4.000 pessoas em Brasília. Para o MIRIM, defender os direitos dos povos indígenas é reescrever a história do Brasil e apontar para a necessidade de uma sociedade baseada no respeito às pessoas e à natureza. Leia mais no nosso site.

Diálogo Público sobre os ODSs em PE + foto

O MIRIM participou no fim do mês passado do 1° Diálogo Público sobre os ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) em Pernambuco. O evento foi promovido pelo GT Agenda 2030 (Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030) e pela ONG Gestos. Durante o evento, o MIRIM alertou que a dificuldade de acesso à informação e a dados desagregados é obstáculo para o alinhamento dos ODSs às questões locais. Saiba mais no nosso site.

NOSSA OPINIÃO

Saiba um pouco mais sobre a atuação do MIRIM Brasil na luta pelos direitos humanos.

Políticas públicas para a infância
Por Sylvia Siqueira Campos, presidenta do MIRIM

Você valoriza a infância? Cuidar das crianças é essencial para construir memória, criar esperança no presente e ter um futuro com dignidade! Mas não é isso o que vivemos no Brasil e estamos longe de ter essa realidade no Recife, pois os investimentos nas políticas públicas para a infância não acompanham a necessidade, a vontade vomitiva não passa de propaganda e, enquanto isso, muitas continuam tendo os direitos básicos violados pelo próprio Estado.

A situação se tornou ainda mais grave a partir do momento em que se instaurou no Brasil um governo federal retrógrado, que destrói políticas públicas reparativas e incita um estado permanente de violência entre civis.

Logo, como fica a geração de crianças, especialmente as pobres, negras, indígenas e quilombolas? Sofrendo. Para sairmos deste lugar é preciso muita energia coletiva de luta, conhecimento sobre a burocracia brasileira e visibilização dessas pessoas que merecem todo o nosso carinho, respeito e responsabilidade!

O QUE ESTAMOS LENDO

Aqui você encontra sugestões de reportagens e textos interessantes que chegaram até a gente no último mês sobre educação, infância, juventude, gênero e direitos humanos.

Repórter Brasil: Criticada pelo governo, metodologia Paulo Freire revolucionou povoado no sertão -- http://bit.ly/2UiCJ1g

Folha SP: Por que o Brasil de Olavo e Bolsonaro vê em Paulo Freire um inimigo -- https://www.outline.com/LygLVk

Nova Escola: O papel da escola na discussão de gênero -- http://bit.ly/2G3UOaC

Não Me Kahlo: Depois do abuso, a peregrinação -- http://bit.ly/2Is2TaP

TAB UOL: A voz das guerreiras -- http://bit.ly/2Y2HfOU (Reportagem sobre feminismo indígena)

BBC Brasil: Dia do Índio é data 'folclórica e preconceituosa', diz escritor indígena Daniel Munduruku -- https://bbc.in/2Pj6NEn

Nexo: Enquanto tiver gente no Brasil, vai ter presença indígena’ -- http://bit.ly/2GPWFjV (vídeo)

Ponte: Barbara Querino, a Babiy: como a Justiça condenou uma jovem negra sem provas -- http://bit.ly/2UAFRB7

Ponte: Um policial pode prender você sem provas. E a Justiça vai acreditar nele -- http://bit.ly/2IqX8uB

Marco Zero: Passinho: ele perdeu um olho por causa da polícia, e o Estado negou a prótese -- http://bit.ly/2KHije6

Pública: Sem políticas sociais, defensores de direitos humanos seguem em risco de morte -- http://bit.ly/2voTU2b

Pública: 1964: “O Brasil não estava à beira do comunismo”, diz historiador -- http://bit.ly/2I3zHYl

Quer saber mais sobre o MIRIM e chegar junto na luta pelos direitos de crianças, adolescentes e jovens?

Acessa nosso site mirimbrasil.org ou nossas redes sociais. O email para contato é mirim@mirimbrasil.org.br

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