Boletim de notícias do MIRIM Brasil | nº 4

Sexta-feira, 19 de julho de 2019

Oie, tudo bem?

Aqui estamos nós, do MIRIM, novamente na sua caixa de email para falar sobre os direitos humanos de crianças, adolescentes e jovens. O boletim deste mês demorou um pouquinho pra sair porque as últimas semanas têm sido intensas, principalmente por causa do lançamento do nosso novo site. Você já viu? Acessa mirimbrasil.org.br e dá uma olhada. Mas antes disso fica aqui com a gente porque temos muita coisa legal pra compartilhar.

Boa leitura!

Fabiana Maranhão
Jornalista do MIRIM Brasil
fabiana.maranhao@mirimbrasil.org.br

Elas querem continuar estudando…

A cada hora, nasceram 55 bebês de mães com menos de 19 anos no Brasil em 2017, segundo dados mais recentes do Datasus (Departamento de Informática do SUS), ligado ao Ministério da Saúde. Os números mostram também que um a cada seis bebês (16,4%) nascidos no país naquele ano foi de meninas menores de 19 anos de idade. Estudos nacionais e internacionais apontam que a gravidez precoce é uma das principais causas de evasão escolar entre meninas.

Nós, do MIRIM, junto com o Fundo Malala, estamos olhando mais e melhor pra esse tema. Este mês publicamos uma reportagem especial em nosso site sobre gravidez na adolescência e a relação das meninas com a escola. Em muitos casos, elas desistem de estudar por não ter com quem deixar o bebê ou por falta de apoio e incentivo da família e da escola. Leia a reportagem completa.

O QUE ESTAMOS FAZENDO

Saiba um pouco mais sobre a atuação do MIRIM Brasil na luta pelos direitos humanos.

Educação indígena

No mês passado, participamos de uma audiência pública na Alepe (Assembleia Legislativa de PE) sobre educação indígena.Um dos temas debatidos foi uma antiga reivindicação dos povos indígenas no Estado: a criação da categoria de professor indígena. O MIRIM cobrou a definição da política de educação indígena. Saiba mais.

Novo site

O nosso site está de cara nova! Ele entrou no ar no último dia 13, dia do aniversário de 29 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Com o apoio de Paulo Rebêlo e sua equipe da Paradox Zero, lançamos um novo site para compartilharmos mais e melhor as nossas ações que envolvem a defesa dos direitos humanos. Vê como a página ficou bonitona! www.mirimbrasil.org.br

Sandro Presente!

Exigimos investigação do assassinato do nosso irmão, professor, defensor dos direitos humanos Sandro Cipriano, que foi encontrado morto no mês passado em Pombos, na Zona da Mata de PE. O crime teve características de homofobia. Leia nota de pesar da Abong, entidade nacional na qual o MIRIM integra a direção executiva.

Solidariedade

Nossos corações se encheram de esperança no mês passado com a solidariedade demonstrada por várias pessoas que participaram de uma campanha que organizamos de arrecadação de donativos para pessoas que foram afetadas pelas chuvas no Grande Recife. Muito obrigada a todas as pessoas que contribuíram de alguma forma! Veja para onde foram as doações.

NOSSA OPINIÃO

Um país é o retrato do cuidado com as suas crianças
Por Sylvia Siqueira Campos, presidenta do MIRIM Brasil, Conselheira Estadual de Defesa de Direitos Humanos de Pernambuco e membro da Diretoria Executiva da Abong

A lei maior sobre cuidado com a infância completou 29 anos, mas a maioria das crianças brasileiras continua sem acesso pleno a direitos, dignidade e cidadania. É como se a gente escrevesse uma coisa e fizesse outra. Também é fato que a gente sabe pouco sobre o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a nova sociedade que ele prega. Sim, é uma pregação porque se trata de criar fé na população brasileira e mudar o rumo do Brasil! O ECA é o instrumento pedagógico para tirar milhares de crianças, de milhares de famílias, das injustiças e oferecer cuidado e perspectiva de vida.

Antes do ECA havia o Código de Menores (1979), que trazia uma perspectiva autoritária. O lema do Código de Menores era a preservação da ordem social e funcionava como um sistema de controle e punição sem reconhecer as condições de vida da criança ou adolescente. O Código de Menores se referia àquelas/es em situação irregular. Já o ECA é uma conquista de organizações e movimentos sociais, de 1990, que reconhece todas as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e que precisam de meios para desenvolver a sua cidadania.

Então, há 29 anos, a gente entendeu que efetivar os direitos de crianças e adolescentes passa pelo rompimento dos privilégios de classe, pela igualdade étnico-racial e equidade de gênero, promoção da soberania alimentar, da saúde e da educação pública de qualidade. Passa também por morar num local seguro, pela convivência em equilíbrio com a natureza. Ainda se trata de ir e vir em segurança, brincar e ser feliz, construir caminho para a sua autonomia. Se errou, será responsabilizada (Artigo 101, ECA) numa perspectiva educativa.

Leia o artigo completo no nosso site.

O QUE ESTAMOS LENDO

Aqui você encontra sugestões de reportagens e textos interessantes que chegaram até a gente no último mês sobre educação, infância, juventude, gênero e direitos humanos.

Marco Zero: As ameaças à infância nos 29 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente -- http://bit.ly/2YcqPqI

Nexo: A relação entre trabalho infantil e classe social no Brasil -- http://bit.ly/2S4TaK6

Nova Escola: “Educação de qualidade para poucos não é qualidade” -- http://bit.ly/2J9Viw2

BBC Brasil: Brasil perde mais de R$ 30 bi por ano por ineficiência em educação, diz Mozart Neves -- https://bbc.in/2FbcCjo

Quer saber mais sobre o MIRIM e chegar junto na luta pelos direitos de crianças, adolescentes e jovens?

Acessa nosso site mirimbrasil.org ou nossas redes sociais. O email para contato é mirim@mirimbrasil.org.br

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